quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tartarugas-da-Amazônia desovam no Rio Araguaia, em Goiás


É época de reprodução das tartarugas-da-Amazônia nas praias do Rio Araguaia, em Goiás, e, com o aumento na fiscalização, este ano a desova está bem maior.

Na praia de pouco mais de 50 mil metros quadrados, os rastros na areia denunciam a movimentação intensa das tartarugas. A desova começou no fim de setembro e deve terminar nos próximos dias. Mas até lá não há mais possibilidade de controlar os ninhos. São tantos em um espaço tão pequeno que os pesquisadores perderam a conta. Só para se ter uma ideia, a última marcação foi de número 300. Isso foi logo no começo.

“Vai desovando uma em cima da outra. Aí não tem como fazer o trabalho. Tem que deixar pela natureza mesmo”, diz Itamar Silva, auxiliar de pesquisas.


“Daqui a 50 dias vai ter eclosão. Então, praticamente vai estar no período de chuva bem intensificado. Vai estar bem intensificado o período chuvoso. Então, praticamente está toda condenada essa desova. Mas o trabalho de proteção na região está funcionando. Com a ação de fiscalização dia e noite, conseguimos segurar e está aí o resultado. A previsão nessa praia é que ocorram três mil desovas. É o maior resultado nos últimos dez anos nessa região”, esclareceu o biólogo José Wanderley Cambuim.

Além da cheia do Araguaia, os pesquisadores se preocupam com os predadores de ovos, como os pássaros e os jacarés.



Tombamento suspende Porto das Lajes



Esse texto foi retirado do : http://www.d24am.com


A Justiça Federal determinou, nesta quarta-feira (31), o tombamento provisório do Encontro das Águas como monumento natural e a suspensão imediata do licenciamento ambiental para a construção do Porto das Lajes. A decisão liminar foi dada pela juíza da 3ª Vara Federal, Maria Lúcia Gomes de Souza, atendendo o pedido do Ministério Público Federal do Amazonas (MPOF/AM) feito há cerca de um mês.

Em cumprimento à decisão judicial, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deverá declarar o tombamento provisório do Encontro das Águas até que seja concluído o procedimento administrativo que tramita no órgão para determinar o tombamento definitivo. A juíza estabeleceu o prazo de 180 dias para o Iphan concluir o procedimento.

A medida é para impedir que o futuro tombamento do Encontro das Águas, como patrimônio de relevância paisagística, ecológica, arqueológica, paleontológico, turística, científica e cultural, se torne inócuo, caso seja permitida a construção do Porto das Lajes.

A decisão determinou ainda que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) suspenda o processo de licenciamento ambiental do Porto das Lajes até que o Iphan conclua o processo de tombamento. O Ipaam deverá também impedir que a Lajes Logística S/A, empresa responsável pelo projeto do porto, realize qualquer ato relativo ao licenciamento ou à construção no local, até a conclusão do Iphan.


De acordo com a decisão judicial, além de não poder dar continuidade ao processo de licenciamento ambiental da obra ou realizar qualquer construção relacionada ao Porto das Lajes, a Lajes Logística S/A não poderá realizar qualquer contato, patrocínio, promoção de eventos, doações e quaisquer outras medidas nas comunidades a serem afetadas com a obra, até o tombamento definitivo do Encontro das Águas.

O impedimento de contato da empresa com as comunidades foi pedido pelo MPF/AM com o objetivo de evitar a continuidade de ações de cooptação, intimidação e até mesmo violência contra membros comunitários, a exemplo de situações identificadas pelo MPF/AM e em investigação pela Polícia Federal.

O descumprimento das determinações judiciais implicará em multa diária de R$ 10 mil. Da decisão, cabe recurso
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Minhas palavras:

Manaus precisa crescer?

SIM

Podemos crescer e nos desenvolver sem agredir o meio ambiente.

Podemos Contruir o porto sem atingir o EdA ?

SIM

Mas para isso precisa de um trabalho de sinergia entre todos os envolvidos, e geraria ( claro ) mais custos, e quando entra custos em jogo, o diálogo fica mais complexo.

Por isso continuo disendo NÃO ao porto das Lajes e bom trabalho a Justiça federal.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Recorde na vazante do Rio Negro


Nível chegou a 13,63 metros, em Manaus, neste domingo.

Já existem municípios "ilhados" e em estado de emergência.

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou que o nível do Rio Negro baixou seis centímetros entre sábado (23) e domingo (24) e bateu um recorde histórico. Segundo o gerente de hidrologia Daniel Oliveira, o índice chegou a 13,63 metros. Antes disso, o nível mais baixo havia sido registrado em 1963: 13,64 metros. A medição é realizada há 108 anos.


Outros rios da Amazônia registram baixas. Na sexta-feira (22), relatório do CPRM apontou baixa recorde, também do Rio Amazonas. Na quarta-feira (20), o nível estava 10 centímetros abaixo do menor já visto anteriormente, em 1997.


O Rio Solimões entra no Brasil perto de Tabatinga, na tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru. Na altura de Manaus, ele conflui com o Rio Negro. Como explica Oliveira, por ter um volume maior de água, o Solimões influencia também o nível do Negro nas imediações da capital amazonense.




Cientistas descobrem na Amazônia nova espécie de peixe que come madeira






Cascudo tem dentição específica para se alimentar desse material. Exemplares encontrados em expedição ainda serão descritos formalmente.
Cientistas identificaram uma nova espécie de peixe que se alimenta de madeira, em expedição realizada entre 21 de julho e 3 de agosto deste ano. A descoberta foi feita durante o projeto "Revisão da Fauna Aquática no Parque Nacional do Alto Purus", financiado pela Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, na Amazônia peruana.

Integrante da equipe de cientistas da expedição, o brasileiro Paulo Petry, professor associado do departamento de ictiologia no Museu de Zoologia Comparada da Universidade Harvard, nos EUA, explica que os exemplares encontrados da espécie são os primeiros que permitirão a retirada de tecidos para fazer análises genéticas.

"A descrição formal da especie deverá sair em dezembro na revista 'Copeia' e está sendo feita por três colegas especialistas", diz Petry, que também é cientista da organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC).

O peixe identificado é de uma nova espécie de panaque, um tipo de cascudo que come madeira, segundo Petry. "O grupo tem dentes em forma de colher, que são adaptados a raspar os troncos de árvores que caem nos rios. Este padrão de dentição é único a este grupo que consome madeira", diz ele.


Petry explica que existem cerca de 12 espécies de cascudos que comem madeira, distribuídos em grandes bacias hidrográficas na América do Sul. "Várias delas são endêmicas e têm uma distribuição relativamente restrita. A espécie que coletamos é a de maior porte que se conhece, chegando a 70 cm de comprimento. No Peru, a chamam de carachama gigante", conta Petry.

Indígenas na região do Purus já conheciam o peixe, segundo o professor. "Eles o chamam de ishgunmahuan no idioma sharanahua", diz.

"Os primeiros exemplares foram encontrados na região oeste da Amazônia peruana há alguns anos e eram somente as carapaças ósseas externas. Não haviam sido encontrados exemplares vivos."

Pesquisador encontra no Acre cinco espécies de aves inéditas no Brasil


Natural de SP, o biólogo Edson Silva mora há 15 anos no AC. Ele passou 3 anos viajando pelo estado para encontrar as aves.

Professor da Universidade Federal do Acre (UFAC), o biólogo Edson Guilherme da Silva estipulou uma meta ambiciosa para sua tese de doutorado: catalogar todas as espécies de aves existentes no Acre, onde mora há 15 anos. Natural de São Paulo, Silva acabou encontrando espécies até então nunca vistas no país.

A eubucco tucinkae havia sido registrada uma única vez no Brasil e só foi vista no Acre


Por que o Acre?

"A Amazônia inteira tem cerca de 1.200 espécies de aves conhecidas e o Acre tem praticamente a metade disso. O estado está no sopé dos Andes e representa uma área de transição. Isso faz com que a biodiversidade seja muito alta na região"

Diz o pesquisador, que identificou 655 espécies no estado durante os quatro anos do doutorado, defendido em junho do ano passado e divulgado na última semana. Silva passou a maior parte do tempo fazendo trabalhos em campo em viagens pelo estado.

O arapaçu-de-tschudi (Xiphorhynchus chunchotambo) só havia sido visto em países vizinhos.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cogumelo Luminoso

A descoberta foi feita por acaso. Durante uma expedição científica na rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, o biólogo Ricardo Braga-Neto percebeu que havia algo diferente em um pequeno cogumelo na mata: ele brilhava no escuro. Uma fraca luz verde, parecida com o brilho natural dos vaga-lumes, destacava o fungo na floresta.

A espécie já era conhecida, mas ninguém até então havia percebido nela o fenômeno da bioluminescência – o mecanismo que permite a seres vivos emitirem luz. Com a ajuda do colega Dennis Desjardin, dos EUA, Braga-Neto descobriu que Mycena lacrimans é a primeira espécie de fungo encontrada na Amazônia que tem o cogumelo bioluminescente, entre as 64 já classificadas no mundo.

Convencido de que a floresta pode guardar muitas outras surpresas, o biólogo, que é pesquisador do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência e Tecnologia, procura outros cientistas para aprofundar as pesquisas sobre fungos na Amazônia.

“Os fungos fazem parte de um reino tão importante quanto os animais e plantas, mas ainda são pouco estudados. Como eles são responsáveis pela reciclagem de nutrientes nos ecossistemas terrestres, são especialmente importantes na Amazônia, onde o solo é geralmente muito pobre”, explica Braga-Neto.

Luz misteriosa

Já se tem alguma idéia sobre o mecanismo que gera a luz emitida pelos fungos, mas ainda não se sabe para que ela serve. “Alguns estudos mostram que isso atrai insetos. Outra hipótese é que essa luz seja usada para afastar bichos que comem fungos. Mas há também a idéia de que a luz serve para atrair predadores dos bichos que comem fungos”, conta o biólogo.

Ainda que a luz tenha cor semelhante à emitida pelos vaga-lumes, o pesquisador adverte que o mecanismo é bem diferente. A luz dos fungos é contínua, emitida inclusive durante o dia, e está ligada ao processo da decomposição da lignina, substância presente na madeira.

Quem quiser ver o cogumelo exibindo sua bioluminescência tem que enfrentar alguns desafios. “Uma boa estratégia para tentar achá-los é visitar a floresta em noite de lua nova, mas como geralmente se caminha na mata com lanternas acesas, é necessário ficar parado com a lanterna desligada por vários minutos olhando para chão, até que os olhos se acostumem com a escuridão e a luz dos fungos comece a ser reconhecida”, instrui o biólogo no blog de pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aruanã

Macaco D'agua, Sulamba, ou simplesmente Aruanã, é uma espécie de peixe bastante conhecida nas águas do norte do Brasil. Muitos afirmam erroneamente que a Aruanã é um peixe somente da região Norte e poucos sabem que essa espécie de peixe existe em todo o globo terrestre.

Aruanãs são peixes de água doce da família Osteoglossidae, muitas vezes conhecidos como língua-de-osso. Nesta família de peixes, a cabeça é ossuda e o corpo largo é comberto por escamas enormes, formando um padrão de mosaico. As espinhas dorsal e anal possuem leves raios e são longos, enquanto as pectorais e ventrais são pequenas. O nome língua-de-osso é derivado de um osso dental na parede da boca, a "língua", equipada com dentes que mordem contra os outros no céu da boca.

Osteoglossídeos são peixes primitivos do terciário e são colocados em ordem actinoptergi Osteoglossiformes. Existem 9 espécies: 2 da América do Sul, 5 da Ásia e Oceania, e as 2 remanescentes da Autrália.

Osteoglossídeos são carnívoros, especializados em pegar a comida da superfície. São excelentes saltadores, por isso o apelido de Macaco D’agua no norte do Brasil.

Abaixo alguns tipos de Aruanãs:











Daniel :)

ÁRVORE DE CÚIA

Tacacá, umas das comidas populares no norte do Brasil, é servido dentro de uma cuia. Mas você já parou para pensar de onde vem a cuia ?

A cuia vem do fruto de uma árvore chamada árvore-de-cúia, ou cuiera.

Depois de retirar a cabaça ( nome do fruto ) da árvore o mesmo é serrado ao meio e retirado a polpa, que é grudenta e mal cheirosa. A casca da fruta é colocada ao sol para secar. Após secar a cuia, o homem do interior a pintava de preto com a resina do "cumatê", uma árvore que sempre é plantada às proximidades de onde se planta a cuieira.



Antigamente, comentam, mergulhavam a cuia em urina humana para absorver a amônia que fecha os poros da cuia e receber melhor o breu do cumatê, pois fica com a superfície lisa, embelezando a peça. A amônia, presente na urina, é que alisava a superfície da cuia. Muita gente boa tomou tacacá em uma "cuia mijada".

É lógico que atualmente o processo é bem diferente, com o aperfeiçoamento dos produtos industrializados (lixa, tintas) o uso da urina no preparo das cuias ficou obsoleto. Mas vale apena sempre lembrar desse detalhe histórico sempre que você for tomar um delicioso tacacá.

Além do tacacá e de artesanato indigena, a cabaça serve também como caixa de ressonância em berimbaus.

Propriedades terapêutica:

Finalidade terapêutica : a polpa é usada empiricamente na clorose (tipo de anemia que ataca especificamente à mulher). Os indígenas usam a folha para provocar (induzir) o parto.




Nome Popular: Árvore de Cúia

Nome Científico: Crescentia cujete

Outros Nomes: Cuiera, Cabaceira, Cabaço-de-cuia

Reino: Plantae / Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida / Ordem: Lamiales

Família: Bignoniaceae / Gênero: Crescentia


Obrigado...

domingo, 2 de maio de 2010

Início de um longo trabalho

Estas são as primeiras palavras de um blog que trará diversos assustos da nossa amazônia brasileira. Fauna, flora, questões ambientais, curiosidades e vários outros assuntos voltados para o nosso verde.

Obrigado

Daniel Souza