É época de reprodução das tartarugas-da-Amazônia nas praias do Rio Araguaia, em Goiás, e, com o aumento na fiscalização, este ano a desova está bem maior.
Na praia de pouco mais de 50 mil metros quadrados, os rastros na areia denunciam a movimentação intensa das tartarugas. A desova começou no fim de setembro e deve terminar nos próximos dias. Mas até lá não há mais possibilidade de controlar os ninhos. São tantos em um espaço tão pequeno que os pesquisadores perderam a conta. Só para se ter uma ideia, a última marcação foi de número 300. Isso foi logo no começo.
“Vai desovando uma em cima da outra. Aí não tem como fazer o trabalho. Tem que deixar pela natureza mesmo”, diz Itamar Silva, auxiliar de pesquisas.
“Daqui a 50 dias vai ter eclosão. Então, praticamente vai estar no período de chuva bem intensificado. Vai estar bem intensificado o período chuvoso. Então, praticamente está toda condenada essa desova. Mas o trabalho de proteção na região está funcionando. Com a ação de fiscalização dia e noite, conseguimos segurar e está aí o resultado. A previsão nessa praia é que ocorram três mil desovas. É o maior resultado nos últimos dez anos nessa região”, esclareceu o biólogo José Wanderley Cambuim.
Além da cheia do Araguaia, os pesquisadores se preocupam com os predadores de ovos, como os pássaros e os jacarés.
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